Razer terá que reembolsar clientes australianos por propaganda enganosa da máscara Zephyr

Razer terá que reembolsar clientes australianos por propaganda enganosa da máscara Zephyr

A Razer está sendo obrigada a reembolsar clientes australianos que se sentiram enganados pela propaganda de suas máscaras faciais Zephyr e Zephyr Pro. A empresa prometia "99% de eficácia na filtragem de partículas" e afirmava que a Zephyr seria "a máscara N95 do futuro", mas não apresentou nenhuma certificação que comprovasse tais alegações.

A ação judicial foi movida pela Comissão Australiana de Concorrência e Consumo (ACCC), que considerou a publicidade da Razer "enganosa" e uma violação da lei do consumidor australiana. Como resultado, a Razer concordou em reembolsar os clientes que compraram as máscaras Zephyr e Zephyr Pro na Austrália entre agosto de 2021 e agosto de 2022.

“As empresas devem ter cuidado para não exagerar nas alegações sobre seus produtos, especialmente quando se trata da saúde dos consumidores”, disse a presidente da ACCC, Gina Cass-Gottlieb, em um comunicado. “A ACCC está comprometida em responsabilizar as empresas por alegações falsas ou enganosas.”

Em resposta às acusações, a Razer removeu as alegações de “N95” de seu site e materiais de marketing. A empresa também se comprometeu a implementar um programa de conformidade para garantir que suas práticas de publicidade estejam de acordo com a lei australiana.

Problemas anteriores e contexto da pandemia

Lançada em 2021, a máscara facial Zephyr da Razer foi promovida como uma máscara facial “inteligente” com iluminação RGB e um design futurista. A máscara rapidamente se tornou popular entre os jogadores e entusiastas de tecnologia, mas também foi criticada por seu alto preço e alegações de marketing questionáveis.

Este não é o primeiro problema que a Razer enfrenta com a Zephyr. Em janeiro de 2022, a empresa teve que adiar o lançamento da versão Pro da máscara após preocupações com a segurança de seus filtros. A Razer afirmou que os filtros da Zephyr Pro foram testados e certificados pela SGS, uma empresa de testes e certificação, mas a SGS negou ter certificado os filtros.

A Razer não é a única empresa que foi criticada por fazer alegações falsas ou enganosas sobre seus produtos durante a pandemia de COVID-19. Em 2020, a ACCC abriu processos contra várias empresas por vender produtos que alegavam prevenir ou tratar o COVID-19, incluindo máscaras faciais, desinfetantes para as mãos e testes caseiros.